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Comprar um equipamento médico exige atenção e alguns conhecimentos prévios, seja o comprador da área administrativa de uma clínica ou até mesmo de um hospital de grande porte. Constantemente inovações tecnológicas chegam como grandes novidades na área da saúde, mas esse é um mercado cheio de particularidades. E isso demanda atenção na aquisição de novos produtos.
Ao analisar a viabilidade de compra de um novo equipamento médico, é importante ter em vista alguns fatores. O primeiro e mais importante é a conformidade do aparelho com as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde.
“Não basta considerar só o preço. Um produto que esteja muito em conta pode ser um alerta para a falta de registro junto à Anvisa, ou algum outro requisito muito importante, o que significa que há riscos para o usuário”, explica Marco Aurélio Marques Félix, presidente da Cmos Drake, fabricante de equipamentos hospitalares, desde desfibriladores a respiradores, e que atua no mercado há mais de 30 anos. “É preciso alcançar um equilíbrio entre o custo, os benefícios e a praticidade para garantir a qualidade dos atendimentos sem comprometer o corpo clínico”, acrescenta.
Outra preocupação deve estar relacionada ao transporte, às condições em que o equipamento se encontra e aos aspectos do ambiente onde será instalado, considerando os obstáculos para sua manutenção. “Equipamentos médicos devem receber cuidados especiais desde o deslocamento até a escolha do local onde serão instalados.”, adverte o presidente da Cmos Drake.
Condições ambientais
Marco Aurélio alerta que o ambiente também afeta na performance do aparelho. Dependendo da máquina, a instalação num espaço mais reduzido e sem ventilação adequada pode elevar a temperatura ambiente e levar a um desgaste inesperado num espaço de tempo menor. Outro problema é em relação à umidade, que também faz depreciar algumas peças. “Existem restrições que devem ser obedecidas, e que o próprio manual já observa. Se um microondas ou uma geladeira já sofre essas alterações de acordo com o clima, imagina um equipamento de altíssima tecnologia”, comenta.
Outro fator primordial é verificar o grau de proteção dos equipamentos contra entrada e saída de fluidos e líquidos. “Esse índice, conhecido como grau de proteção, é representado por IPXX, sendo que o XX é o número que indica o nível de resistência do equipamento quanto a penetração desses materiais em seu interior. No caso dos hospitais e clínicas, é necessário atentar a esse detalhe e sempre optar por equipamentos com alto grau de proteção IP, caso sejam utilizados em locais com possíveis interferências de líquidos, poeira, medicamentos, sangue e dentre outros resíduos comuns dentro do ambiente hospitalar. A recomendação é que os aparelhos sejam de grau alto de acordo com o tipo de ambiente e situação de uso de cada um. Um desfibrilador, por exemplo é aconselhável que tenha ao menos o grau de proteção IP56 ou superior”, explica Marco Aurélio.
Manutenção
Fechada a compra, vêm outras responsabilidades, começando pelos registros iniciais no sistema, que definem o tempo das manutenções e da calibração, e pelo treinamento da equipe que vai manuseá-lo. “Geralmente o corpo clínico já tem conhecimentos técnicos sobre o uso, mas a tecnologia muda e às vezes a interface também. Por isso a atualização da equipe deve ser constante”, explica o presidente da Cmos Drake. “Depois disso, é importante manter sempre a manutenção preventiva em dia, suspender o uso em caso de suposta falha e fazer a higienização de forma adequada. A vida útil do equipamento pode ser em muito prolongada de acordo com o rigor e os cuidados que serão direcionados ao parque de equipamentos médicos.”, conclui Marco Aurélio.
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