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Silicone atrapalha a amamentação? Cirurgião plástico explica se existem riscos

 Médico tira dúvidas que podem surgir ao realizar uma mamoplastia de aumento

Crédito: Freepik

O desejo de aumentar a autoestima e se sentir mais confiante com o corpo leva muitas mulheres a colocarem próteses de silicone. No entanto, para aquelas que planejam ter filhos no futuro, surge a dúvida se o procedimento pode atrapalhar o processo de amamentação.

Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), a mamoplastia de aumento é a segunda cirurgia mais realizada mundialmente, perdendo apenas para a lipoaspiração. Mulheres buscam esse método como alternativa para corrigir assimetrias e melhorar a confiança.

O Dr. Felipe Villaça, cirurgião plástico da FVG Cirurgia Plástica, explica que a cirurgia de aumento dos seios não prejudica a amamentação no futuro, uma vez que não atinge os ductos lactíferos. Já os procedimentos de elevação - como a mastopexia e a redução dos seios - têm o potencial de afetar os ductos da mama, impactando assim a lactação.

“Se a prótese for colocada pela base da mama (incisão inframamária) ou pela axila (incisão axilar), o silicone não irá causar problemas ou impedir o processo de amamentação, porque não altera a estrutura da mama, apenas o tamanho e o formato”, afirma o Dr. Felipe Villaça.

Muitas vezes, a dificuldade no aleitamento pode ter decorrência de um transtorno emocional ou até mesmo de distúrbios hormonais, o que provoca a baixa produção de leite materno. “Algumas mulheres podem ter dificuldades em produzir uma quantidade suficiente de leite materno para satisfazer as necessidades do bebê. E isso também pode ser influenciado por fatores como estresse, fadiga, problemas hormonais ou desidratação”, completa o cirurgião plástico.

“Amamentar com silicone é normal e seguro. É essencial que as pacientes conversem com o médico sobre as preocupações e os anseios antes de realizar uma cirurgia plástica. Só um especialista pode fornecer suporte, orientação e trazer a melhor solução às mulheres que ainda pretendem ser mães”, finaliza o Dr. Felipe Villaça.

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